O branqueamento ocorre quando o coral perde as suas zooxantelas simbiontes. Isso gera um déficit nutricional, visto que as zooxantelas suprem a maioria da necessidade de carbono de seu coral hospedeiro. Desse modo, branqueamento gera intensa mortalidade coralínea. No entanto, corais brasileiros do gênero Mussismilia conseguem passar longos períodos de tempo (até 12 meses!) totalmente branqueados, virtualmente sem zooxantelas, e ainda assim não morrem. O motivo é a sua intensa heterotrofia. Uma investigação realizada sobre o comportamento trófico de Mussismilia hispida mostrou que colônias totalmente branqueadas não possuíam marcadores tróficos de zooxantelas (SDA e DPA) em seus tecidos; no entanto, a quantidade de marcadores tróficos de heterotrofia (CGA) era enorme! Portanto, trata-se de um mecanismo compensatório.
Mies et al. (2018) in Coral Reefs: In situ shifts of predominance between autotrophic and heterotrophic feeding in the reef-building coral Mussismilia hispida: an approach using fatty acid trophic markers.